Renovação traz ainda mais Trabalho, Renda e Sustentabilidade ao Campo de municípios da Zona da Mata
por Ana Cruz, Paulo Portes e Wellington Gouveia (Centro Sabiá)
No mês de outubro de 2013 agricultores e agricultoras dos municípios de Rio Formoso, Sirinhaém, Ribeirão e Barreiros deram início a uma nova etapa de trabalho e aprendizado na perspectiva da geração de renda (trabalho com o beneficiamento de frutas e processamento de mel). O projeto Trabalho, Renda e Sustentabilidade no Campo, financiado pela Petrobras e iniciado no ano de 2010, foi renovado por mais dois anos. A primeira etapa do projeto teve como principais objetivos incentivar a produção, o processamento e a comercialização de alimentos de base agroecológica através de cursos e capacitações, assessoria técnica pedagógica às famílias agricultoras e a feiras agroecológicas. Além disso, os municípios de Rio Formoso e Sirinhaém foram contemplados com a aquisição de duas unidades de beneficiamento de frutas e um entreposto de mel, que beneficiaram a produção agroecológica de vários municípios da Zona da Mata Sul de Pernambuco. O projeto possui um foco direcionado ao desenvolvimento destas ações junto a mulheres e jovens agricultores da região.
A segunda fase deste projeto tem um olhar mais voltado para capacitação em viabilidade de empreendimentos associativos, dando continuidade ao processo de gestão destes empreendimentos, para que os próprios agricultores/as tenham autonomia e segurança na gestão e administração das Unidades de Beneficiamento e feiras agroecológicas, proporcionando assim sua sustentabilidade financeira. Para garantir estes espaços de formação, o Centro Sabiá desenvolverá um processo de assessoria técnica aos agricultores e agricultoras beneficiários para aumentar a produção agroecológica de frutas e mel; irá qualificar o funcionamento e a gestão das agroindústrias de polpa de frutas e do entreposto de mel e buscará ampliar e diversificar a comercialização da produção agroecológica para melhorar ainda mais a renda dos agricultores e agricultoras envolvidos. Nesta nova fase, continuarão participando 285 pessoas, entre elas, agricultores e agricultoras de 10 assentamentos e comunidades dos quatro municípios envolvidos.
O agricultor agroecológico José Augusto da Silva, membro da Comissão Gestora do Entreposto de Mel localizado em Rio Formoso, fala sobre a importância da continuidade do trabalho. “A renovação do projeto é complemento para que as duas unidades de beneficiamento e o entreposto de mel ganhem os equipamentos necessários, além de dar as capacitações que os agricultores e agricultoras precisam para administrar estes negócios bem, ao longo do tempo”, conta José Augusto.
Já a jovem multiplicadora de agroecologia e beneficiária do projeto, Dilene Nicolau, comenta a participação feminina no processo. “Cada dia mais as mulheres estão sendo reconhecidas pela sua participação na vida produtiva das suas famílias, seja no trabalho na unidade produtiva ou na comercialização, sendo assim, elas garantem ainda mais renda e liberdade”. Dilene finaliza dizendo que “em relação aos jovens o projeto vai estimular a permanência deles no campo, porque incentiva a sua participação na produção e beneficiamentos de alimentos produzidos em suas propriedades, além de capacitá-los na questão da administração e gestão destes negócios”.
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