Articulação das Feiras Agroecológicas em Pernambuco inicia retomada
Para Flávio Duarte, os preços dos produtos nas feiras agroecológicas são mais acessíveis do que
os orgânicos vendidos em supermercados / Foto: Débora Britto – Acervo Centro Sabiá
Por Alex Carvalho (Centro Sabiá)
Na última terça-feira, 25 de novembro, o Centro Sabiá recebeu em sua sede reunião sobre a Articulação das Feiras Agroecológicas em Pernambuco, com a presença de representantes de feiras agroecológicas e instituições parceiras.
A reunião retomou a articulação das feiras agroecológicas no estado de Pernambuco. Entre os vários pontos levantados, está em destaque a discussão de uma legislação específica, que atenda a necessidade dos produtores agroecológicos que comercializam seus produtos nas feiras. Questões que tangem o melhoramento do ambiente de trabalho, como segurança, também foram levantadas. Flávio Duarte, sócio do Centro Sabiá, estava presente no encontro. “A reunião de hoje é a retomada de um processo de articulação e organização das feiras do Recife, olhando para o estado de Pernambuco. A principal deliberação da reunião é a realização do Segundo Encontro Estadual das Feiras Agroecológicas para instituir uma organização que busque essa articulação e essa melhoria das atividades das feiras. Vale ressaltar que Pernambuco é um dos estados com o maior número de feiras agroecológicas”, diz ele.
Para Flávio, os preços estabelecidos nas feiras são mais acessíveis do que muitas pessoas pensam. “A maioria dessas feiras tem uma tabela de preços unificada, ou próximo a uma unidade. Muitas vezes essa política de preços possibilita a concretização de um preço acessível à maioria da população. É tanto que muita gente vai para as feiras agroecológicas porque nelas os preços são muito mais em conta do que os preços dos produtos convencionais e principalmente dos produtos orgânicos vendidos em supermercados aqui na região metropolitana”, explica ele.
Feiras Agroecológicas: preço justo para todos
Flávio ainda ressalta a importância de reuniões como essa para uma melhor articulação a respeito do tema no estado. “Nós estamos levando um conjunto de sugestões para a reunião da Rede de Agroecologia de Pernambuco, principalmente para fazer um processo de interlocução e de integração das feiras com as outras ações relativas à agroecologia no estado de Pernambuco. Ao mesmo tempo em que chamamos o conjunto das organizações agroecológicas a prestarem mais atenção e levar mais em conta a importância e a necessidade de também contribuir para o fortalecimento das feiras agroecológicas”, afirma Flávio.
O segundo encontro das feiras agroecológicas está marcado para os dias 23 e 24 de fevereiro. Será feito um chamado geral paras as entidades e pessoas interessadas nessa discussão para participar desse encontro e tirar uma pauta e uma agenda de trabalho para 2015. A ideia é também solicitar do Governo do Estado e das Prefeituras uma atenção especial para as atividades das feiras. Para Flávio Duarte é preciso exigir políticas públicas para uma assistência técnica específica para as feiras e para os agricultores, que fazem um trabalho diferenciado, contribuindo para a melhoria da saúde e da perspectiva da qualidade de vida dos pernambucanos.
Dona Bete, umas das integrantes da feira agroecológica de Tamandaré, também participou da reunião, e destaca a importância de feiras como essa. “Com o que a gente tem aprendido a gente está multiplicando com outras famílias. E com toda a certeza ajeitando essas propostas, no ano que vem nós teremos ainda mais famílias dando resultados e mudando a qualidade de vida não só de quem produz, mas também de quem consome os produtos encontrados nas feiras”, afirma Bete.
Que bom ter você por aqui…
Nós, do Centro Sabiá, desde 1993 promovemos a agricultura familiar nos princípios da agroecologia. Nossa missão é "plantar mais vida para um mundo melhor, desenvolvendo a agricultura familiar agroecológica e a cidadania". Seu apoio através de uma doação permite a continuidade do programa Comida de Verdade Transforma e outras ações solidárias e inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar.