PAA da Conab é alternativa para diversificar comercialização pelos agricultores e agricultoras
Centro Sabiá e Conab mostraram interesse de estreitar laços para ajudar agricultores/as a acessar políticas Foto: Eduardo Amorim
Por Eduardo Amorim
Uma das primeiras dicas de comercialização que os agricultores e agricultoras assessorados pelo Centro Sabiá recebem é para que procurem – na medida do possível – diversificar as formas de negociação da sua produção. Se a alimentação da família é sempre a prioridade, também não se deve ficar dependente apenas das feiras, do comércio local, nem mesmo de programas federais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
No entanto, o PAA ainda parece algo muito difícil de se realizar para algumas famílias. Numa tentativa de estabelecer um diálogo próximo entre o Centro Sabiá, como entidade de assessoria técnica que atende milhares de agricultores de dezenas de associações nas três regiões de Pernambuco, o coordenador da ONG, Alexandre Henrique Pires, esteve na sede da Conab Pernambuco e conversou bastante como o superintendente regional Antonio Elisaldo e os engenheiros agrônomos Rodrigo Silva e Rafael Silva. Integrante da Coordenação Executiva da Asa-Pernambuco, Alexandre falou sobre o trabalho da Articulação Semiárido Brasileiro no campo da convivência com o semiárido.
Representante da Asa no Conselho de Segurança Alimentar de Pernambuco, Alexandre conversou com a equipe da Conab no sentido de se tentar priorizar os produtos da agroecologia no Programa de Aquisição de Alimentos e criou um diálogo para aumentar a transparência nas aprovações dos projetos pelo Consea. Para facilitar o entendimento, os técnicos da Conab mostraram todo o processo de acompanhamento das ações, esclarecendo que a sociedade civil é convidada a acompanhar os processos inclusive pela internet (através do www.conab.gov.br). E detalhando as medidas necessárias para que funcione a aquisição dos alimentos aos agricultores e também a doação para as associações, que doam para famílias em situação de vulnerabilidade. Em relação ao Centro Sabiá, ele explicou que apenas no programa de assessoria técnica e extensão rural são atendidas pela entidade 1300 famílias no Sertão, 900 no Agreste e 650 na Zona da Mata. E falou da preocupação da organização com a segurança alimentar e nutricional de toda a população, começando pelas famílias da agricultura familiar.
“Minha preocupação é que os alimentos efetivamente sejam direcionados para quem precisa”, ressaltou o superintendente regional da Conab em Pernambuco, Antonio Elisaldo, que está a apenas quatro meses à frente da Superintendência Regional do órgão federal. Além do PAA de doação simultânea, a Conab tem outros programas como o PAA Sementes e a distribuição de cestas de alimentos do Fome Zero. Em Pernambuco, o PAA da Conab é apenas uma das formas de venda dos pequenos agricultores para o poder público e se junta a políticas como o PAA do IPA e o Programa Nacional de Alimentação Escolar.
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