Sabiá recebe intercâmbio de grupo maranhense da Associação Agroecológica Tijupá

Tijupá

 Grupo passou pelo Sertão, Agreste (foto) e irá também para o Recife Foto: Acervo Centro Sabiá

Por Eduardo Amorim

Um grupo de 48 técnicos/as e agricultoras/es da organização maranhense Associação Agroecológica Tijupá está realizando um intercâmbio em Pernambuco. Eles estiveram no Sertão, onde conheceram famílias assessoradas pelo Centro Sabiá; no Agreste participaram de um encontro onde foram apresentadas as experiências da Escola Feminista e da Comissão Territorial de Jovens Multiplicadores da Agroecologia e foram conhecer outras experiências e irão finalizar a visita tomando café da manhã em uma das feiras da Rede Espaço Agroecológico.

No Santuário das Comunidades, em Caruaru, mais de 50 pessoas tiveram oportunidade de conversar sobre similaridades e diferenças no trabalho das duas instituições e na forma de lidar com a agroecologia em Pernambuco e no Maranhão. Depois de ouvir a experiência da Escola Feminista, que vem sendo realizada pelo Centro Sabiá e Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais, a agricultora maranhense Ivaldina Mendes Torres falou sobre a sua experiência.

“Nunca tive apoio em casa para levar as coisas para vender. Para meu marido, era vergonha vender cheiro verde na feira. Mas hoje quem me pede dinheiro é ele e se eu sou alegre agradeço ao pessoal do Tijupá”, disse, explicando que tinha problemas de depressão e se curou com ajuda de “um pau que chama ameixa”. A planta foi indicada por uma colega da Feira Agroecológica de Morros, onde Dona Inaldina comercializa seus produtos. Ela recentemente foi eleita presidenta da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado de Santana, mas reconhece ainda enfrentar dificuldades em casa para exercer plenamente seu direito a seguir sua vida profissional e política.

Além da Experiência da Escola Feminista, o coordenador local do Centro Sabiá, Carlos Magno, fez uma explanação sobre o território agroecológico do Agreste e houve tempo também para uma discussão sobre a Comissão Territorial de Jovens Multiplicadores de Agroecologia. Para ele, o Sabiá avançou muito no sentido da juventude ter autonomia e também na compreensão de que os jovens tendem a sair para cursar universidades ou trabalhar em outras cidades:

“Eles vão embora. Mas é isso mesmo. Nós nesse processo de construção compreendemos que esse jovem foi importante no processo e vai levar os conhecimentos para onde ele for”, disse. Hoje técnico do Sabiá, Henrique Luiz foi jovem da CTJMA e contou que recentemente a Comissão Territorial de Jovens Multiplicadores de Agroecologia foi escolhida pela sua atuação para se tornar um Ponto de Mídia Livre, pelo Ministério da Cultura.

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