O dilema entre o direito ao auxílio emergencial e a burocracia

Foto: Fábio Erdos / Acervo do Centro Sabiá

O dilema entre o direito ao auxílio emergencial e a burocracia

Por Darliton Silva, comunicador popular do Centro Sabiá

Nos últimos quatro meses, através das medidas de isolamento necessárias para evitar o avanço do novo Coronavírus, da falta de emprego e da demissão em massa de trabalhadores e trabalhadoras, o Brasil entrou num cenário de recessão econômica e várias famílias tiveram perda de renda, inclusive as famílias agricultoras, fatos que estão relacionados ao modelo de sociedade em que vivemos. O contexto econômico tende a se agravar e o número de pessoas nas cidades e no campo em situação de vulnerabilidade social só aumenta.

O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus (Covid-19). No entanto, além de não atender a todas as pessoas que estão em situação delicada, o auxílio foi negado aos agricultores e às agricultoras familiares.

O presidente Jair Bolsonaro vetou no mês de maio a inclusão de agricultores e agricultoras familiares entre os beneficiários e beneficiárias do auxílio emergencial de R$ 600, renda que seria implementada em meio à pandemia para assistir às famílias. A falta de sensibilidade, responsabilidade e empatia do presidente da república são do tamanho do descaso do seu governo com o povo brasileiro.   

Nesse contexto da pandemia, é fundamental e urgente que as organizações e movimentos sociais, o Congresso e o Senado pressionem o governo federal para que o auxílio emergencial seja ampliado e chegue para todas as pessoas que necessitam dele, sobretudo os agricultores e agricultoras familiares.

 

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