Alexandre Pires, coordenador do Centro Sabiá, compõe equipe de transição do governo Lula

Para representar o movimento Agroecológico de Pernambuco e a luta pela vida digna no Semiárido, Alexandre Pires, Coordenador Geral do Centro Sabiá, foi indicado pela Articulação Semiárido(ASA) e pela Conferência Popular de Segurança Alimentar e Nutricional

Maria Menezes,
Estagiária de comunicação do Centro Sabiá

Nos últimos quatro anos, vivemos momentos difíceis para a agroecologia e para a agricultura familiar. Vimos mais de 1600 tipos de agrotóxicos sendo liberados em quase 4 anos de governo. O governo de Jair Bolsonaro vai entrar para história como o que liberou mais de um tipo de veneno por dia durante sua gestão! Valorização do agronegócio que exporta e não produz alimento para o povo, a volta do país para o Mapa da Fome da ONU… Foi difícil esperançar em tempos tão sombrios, mas continuamos, pela luta camponesa, pelo bem-estar no campo e na cidade, por todas agricultoras e agricultores, pelo direito à água e de comer SEM veneno.

As eleições de 2022 definiram um novo rumo para o nosso país, a vitória da democracia aconteceu e milhões de brasileiras e brasileiros votaram na esperança do dia nascer melhor. E isso muito significa para a agroecologia, para a agricultura familiar e também para a convivência com Semiárido.

Para representar o movimento Agroecológico de Pernambuco e a luta pela vida digna no Semiárido, Alexandre Pires, Coordenador Geral do Centro Sabiá, foi indicado pela Articulação Semiárido(ASA) e pela Conferência Popular de Segurança Alimentar e Nutricional para compôr o grupo de trabalho de Desenvolvimento Agrário na equipe do governo de transição do presidente eleito, Lula. O grupo tem a missão de retomar políticas públicas importantes para as famílias agricultoras como a Assistência Técnica e Extensão Rural(ATER), reforma agrária, programa de sementes crioulas, de cisternas e para o combate à fome no Brasil.

“Eu acho que essa indicação é um reconhecimento da minha trajetória discutindo, elaborando, acompanhando e fazendo gestão das políticas públicas para agricultura familiar, desenvolvimento rural e convivência com o semiárido.”

Alexandre Pires em entrevista à Rádio Pajeú

Quem é Alexandre?

Sertanejo filho de pai e mãe agricultores nasceu no município de Sertânia, mas viveu até os 11 anos em Jabitacá, distrito de Iguaracy, no Sertão do Pajeú. Se formou biológo pela Universidade Federal Rural de Pernambuco(UFRPE) e há 20 anos, defende e luta por um mundo melhor através das boas práticas agroecológicas, da valorização da Agricultura Familiar, da vida digna no Semiárido e da comida de verdade no prato de todas e todos. Já passou pela direção executiva da ASA, foi membro da comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, e do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) de Pernambuco. Também participou da elaboração de diversas políticas públicas, como o P1MC, Programa 1 Milhão de Cisternas, que implantou mais de 1,4 milhões de unidades em vários estados do Semiárido brasileiro e mostrou ao mundo como uma tecnologia simples e barata poderia transformar a qualidade de vida das famílias que vivem no Semiárido, sendo premiado pela Organização das Nações Unidas(ONU).

Durante esses 20 anos, Alexandre está no Centro Sabiá, somando com o trabalho de diversos profissionais e transformando milhares de vida através dos princípios agroecológicos. A eleição de um novo governo federal foi um respiro, mas a luta não pode parar! E a participação de alguém que está na linha de frente dessa luta há tantos anos renova as esperanças de 4 anos em que as pautas do DIREITO à água, da COMIDA DE VERDADE, da AGROECOLOGIA e da AGRICULTURA FAMILIAR estejam inseridas no âmbito nacional. Traçar estratégias, políticas efetivas e planejamentos reais, para o país será o papel de Alexandre nesse período em Brasília(DF). Começamos o plantio e sabemos que bons frutos virão! 🌱

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