Redes e Articulações: Pertencimento e Fortalecimento Coletivo

Juliana Peixoto
Coordenadora Territorial do Agreste

Zeca Miranda/Acervo Centro Sabiá

Algumas espécies de aves costumam formar bandos como estratégia de superação dos desafios, não diferente disso, tem feito o Centro Sabiá nestes 30 anos de história, através da perspectiva de fortalecimento coletivo, a instituição tem se articulado em redes que atuam nesse campo político agroecológico, para fazer incidência política e colaborar na construção de políticas públicas para fortalecimento da agricultura familiar em Pernambuco.

“Desde o início, o Centro Sabiá se articulou com o movimento sindical, inclusive para os trabalhos nos territórios, nosso modo de operar sempre começam no diálogo com organizações parceiras, com igrejas, essa é a forma que o Sabiá entende a perspectiva de desenvolvimento territorial, que não é sozinho. Esse é o coração do que fazemos, não trabalhamos sozinhos, sempre junto com outras organizações para fortalecer o coletivo” – complementa Carlos Magno, coordenador de Mobilização Social.

Como percebem, esse instinto coletivo, vem desde a origem da organização, é possível afirmar que mesmo antes de seu nascimento já havia “articulação de pessoas, processos e instituições”, como disse infinitas vezes o ex-coordenador Geral, Alexandre Pires. A prova disso, foi que em 1991, o Centro Sabiá que ainda era o projeto Sabiá, já participava do processo de articulação do Fórum Seca, articulação da sociedade civil que junto a outras redes e articulações dos estados do Nordeste, posteriormente deu origem a Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA.

É importante explicar que a instituição nasce da Rede Projeto Tecnologia Alternativa – PTA, “não nascemos sozinhos, nascemos de uma perspectiva de rede, e seguimos este caminho e culturalmente ganhou muito peso, as construções de projetos institucionais sempre visam formas de compartilhar, de fazer junto, é da natureza do Centro Sabiá. Isso fez a instituição chegar nestes 30 anos com uma solidez e reconhecimento da nossa contribuição nesse campo agroecológico” – relata Carlos Magno.

O Centro Sabiá tem em sua trajetória a prática de construir coletivamente, e através desse movimento de construções coletivas consegue-se chegar a ações que reverberam positivamente o contexto e a vida das pessoas, que estão no campo e na cidade. Atualmente o Sabiá integra a Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA, Articulação Nacional de Agroecologia – ANA, Rede ATER NE de Agroecologia, Plataforma Semiárido, Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG. Cada espaço deste ocupado, é uma oportunidade, um canal aberto para contribuir, debater, construir e reconstruir políticas públicas para as famílias agricultoras.

Que bom ter você por aqui…

Nós, do Centro Sabiá, desde 1993 promovemos a agricultura familiar nos princípios da agroecologia. Nossa missão é "plantar mais vida para um mundo melhor, desenvolvendo a agricultura familiar agroecológica e a cidadania". Seu apoio através de uma doação permite a continuidade do programa Comida de Verdade Transforma e outras ações solidárias e inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar.

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