Territórios Agroecológicos: Sertão do Pajeú sedia Encontro para fortalecer políticas públicas de Agroecologia na região
Rosa Sampaio
Jornalista do Centro Sabiá
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Com o objetivo de incidir nas políticas públicas da agricultura familiar com base agroecológica no estado de Pernambuco, O Centro Sabiá vem, desde o início deste ano, promovendo os Encontros Territoriais de Agroecologia (ETAs), em três microrregiões que atua, no Sertão do Pajeú, no Agreste e na Zona da Mata Sul, para elaborar propostas com a finalidade de construir Planos de Agroecologia. Foram realizados dois encontros em cada território. No primeiro, foi elaborado um diagnóstico identificando os problemas e as oportunidades para a agricultura familiar agroecológica e no segundo foram feitas proposições para o enfrentamento destas dificuldades e para o fortalecimento das iniciativas e ações de promoção da Agroecologia, em curso nestas localidades.
Agora em Outubro, será realizado o III Encontro, desta vez para apresentar às/aos gestoras/es públicos as proposições elaboradas e firmar com eles e elas compromissos para a efetivação de ações concretas para a promoção da agroecologia nos municípios e no estado. Junto à Rede Pajeú de Agroecologia, será realizado, na próxima quarta-feira (11), no Sesc de Triunfo, durante toda a manhã, o Encontro do Sertão do Pajeú, onde será entregue a gestora/es e parlamentares a Carta Agroecológica do Pajeú, assinada por cerca de 20 organizações, associações e sindicatos rurais da região.
A iniciativa dos ETAs, apoiada pela Misereor, dialoga diretamente com o que está proposto na Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica de Pernambuco (Lei Nº 17.158), criada em 2021, mas que até o momento não constituiu a Comissão Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica para a elaboração do Plano Estadual e nem regulamentou a lei. Hoje temos três municípios do estado que têm lei municipal de agroecologia: Bonito, Afogados da Ingazeira e Paulista, resultado das lutas do movimento agroecológico. Só ter a lei não basta. É preciso ter planos elaborados com a participação da sociedade civil, orçamentos garantidos e agentes públicos comprometidos.
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