Projeções em prédios pedem proteção para o bioma Caatinga

Por Darliton Silva
Comunicador do Centro Sabiá

Projeção na Av. Conde da Boa Vista – Foto: Darliton Silva | Centro Sabiá

Para marcar a semana do Dia Nacional da Caatinga, o Centro Sabiá e o Greenpeace Brasil pediram proteção para o bioma a partir de projeções em prédios no centro do Recife. A iniciativa aconteceu na noite da segunda-feira, 29/04, na Av. Conde da Boa Vista, e teve a finalidade de denunciar o modelo predatório de desenvolvimento econômico que se expande no Semiárido.

É na região semiárida que está a Caatinga, a floresta branca que ocupa 11% do território nacional, um bioma exclusivamente brasileiro, dotado de delicadeza e características próprias, que tem uma biodiversidade (fauna e flora) resiliente e que se transforma de acordo com o ciclo anual das chuvas.

As mudanças do clima, o desmatamento, as queimadas e os grandes empreendimentos de energia renovável contribuem significativamente para esse contexto de aridez, que afeta negativamente a vida das famílias agricultoras que vivem na região. Aridez é a falta crônica de umidade no clima, indicando um desequilíbrio constante entre a oferta e a demanda de água. De acordo com o estudo feito pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi identificado características de clima árido no norte da Bahia.

O Centro Sabiá é uma ONG que há 30 atua na defesa deste bioma, na preservação e conservação da sua sociobiodiversidade, além de propor estratégias e executar ações adequadas de manejo com o ambiente, valorizando a Caatinga e contribuindo para o fortalecimento da agricultura familiar diversa, desenvolvida por inúmeros povos tradicionais que vivem no território.

Assista como foi a intervenção!

Campanha Salve a Caatinga
Com objetivo de conscientizar a população a preservar a Floresta do Semiárido e denunciar os crimes de desmatamento e queimadas, o Centro Sabiá lançou no ano de 2022 a campanha permanente “Salve a Caatinga”.

Exposição fotográfica do Centro Sabiá retrata a resiliência de famílias agricultoras do Semiárido pernambucano frente às mudanças climáticas
Intitulada “Um Ser-Tão Forte: Resistência e Resiliência da Agricultura Familiar Frente à Crise Climática”, esta exposição, organizada pelo Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, uma ONG que há 30 anos vem fomentando e construindo sistemas alimentares mais justos em Pernambuco, ilumina o desafio e a resiliência da agricultura familiar no semiárido no enfrentamento das adversidades climáticas. Através de 20 fotografias impactantes, capturamos a essência da vida rural que, embora profundamente afetada pelas mudanças climáticas persiste e inova, adaptando-se a novos regimes climáticos. Cada imagem conta a história de famílias agricultoras que, ancoradas em práticas agroecológicas e no conhecimento tradicional, enfrentam e superam as intempéries. A exposição é uma imersão nas paisagens sertanejas do Agreste ao Sertão, territórios do Semiárido Pernambucano extremamente afetados pela crise climática e em risco de desertificação.

A Mostra está dentro da programação do “Climate Expo ABA”, que é um projeto promovido pela ABA, em parceria com a missão diplomática dos Estados Unidos, com a finalidade de educar para um futuro sustentável.

Informações sobre a exposição
Texto: Carlos Magno Morais;
Curadoria: Carlos Magno Morais e Darliton Silva;
Fotos: João Roberto Ripper | Ana Mendes | Nay Jinkings | Luca Zanetti | Túlio Martins | Acervo Centro Sabiá;
Data: 30 de Abril a 17 de Maio de 2024 [Sessões de 14h às 18h];
Local: R. Ten. João Cícero, 301 – Boa Viagem, Recife – PE – CEP:51.020-190.

Que bom ter você por aqui…

Nós, do Centro Sabiá, desde 1993 promovemos a agricultura familiar nos princípios da agroecologia. Nossa missão é "plantar mais vida para um mundo melhor, desenvolvendo a agricultura familiar agroecológica e a cidadania". Seu apoio através de uma doação permite a continuidade do programa Comida de Verdade Transforma e outras ações solidárias e inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar.

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