Centro Sabiá marca presença na audiência pública sobre Estratégias de Prevenção aos Efeitos das Mudanças Climáticas em Pernambuco

Audiência integra a programação da Semana do Mundial do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Pernambuco

Bárbara Bittencourt
Estagiária de Comunicação do Centro Sabiá

Nesta terça-feira (04/06), Carlos Magno Morais, coordenador de mobilização social do Centro Sabiá, foi convidado a compor a mesa da audiência pública, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), sobre Estratégias de Prevenção aos Efeitos das Mudanças Climáticas em Pernambuco.

A audiência foi promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal e solicitada pela deputada Rosa Amorim (PT), na Semana Mundial do Meio Ambiente da Alepe. Os palestrantes da mesa eram representantes do legislativo pernambucano, da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), da Defesa Civil, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE); e representantes da sociedade civil, nas pessoas de Isabelle Meunier, professora da UFRPE, e de Carlos Magno Morais, coordenador do Centro Sabiá. Além do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento.

Na ocasião, foram discutidos os desastres ambientais ocorridos no Rio Grande do Sul e em Pernambuco, no ano de 2022, na perspectiva de pensar ações de mitigação e adaptação à intensificação desses fenômenos. O destaque foi o racismo ambiental sofrido por populações periféricas e rurais, que sofrem de injustiças sociais e climáticas, embora sejam os que menos contribuem para a crise climática.

Segundo Carlos Magno Morais, “o debate acerca do clima é sobre como vamos resistir às suas mudanças. Essas populações atingidas no Rio Grande do Sul, em Recife e no Semiárido são agricultores, mulheres, crianças, grupos raciais minoritários. Ou seja, são os mesmos grupos que sempre sofreram com falta de infraestrutura, porque na cidade não tinha espaço para eles. Precisamos falar de justiça climática olhando para a perspectiva de como salvaremos as pessoas.”

Estudantes da EREM Filipe Camarão, do bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, entregaram um relatório à Alepe, feito no observatório parlamentar da escola, indicando os principais impactos ambientais sofridos pela população local. A presença dos jovens, junto aos estudantes da Escola Técnica Estadual Ginásio Pernambucano, foi fundamental para incentivá-los a integrar a pauta ambiental.

Carlos Magno Morais também destacou a educação ambiental como estratégia de mobilização social contra a crise climática: “existem muitas coisas que devemos fazer, e uma delas é o Estado se atentar para construir perspectivas de educação climática. É fundamental que não só os governos discutam isso, mas que as populações consigam entender os riscos a que estamos submetidos”.

Outros temas foram abordados durante a audiência, como a importância de preparar as cidades para receber as chuvas, de investir nas universidades e na ciência, de se respeitar as leis ambientais já vigentes no estado e de criar uma legislação que proteja o semiárido do avanço predatório dos complexos eólicos.

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