Equipe do Centro Sabiá visita experiências agroecológicas no Grande Recife

O momento de Planejamento, Monitoramento e Avaliação da equipe do Centro Sabiá aconteceu em cárater celebrativo

Todo ano, nossa equipe, de todos os territórios: Sertão do Pajeú, Agreste, Zona da Mata Sul e Região Metropolitana se reúne para a realização do PMA – Planejamento, Monitoramento e Avaliação, que ocorre ao fim do primeiro semestre, e também no fim do ano.  Mas 2023 trouxe um contexto diferente: nossos 30 anos. Assim, em caráter celebrativo, na última quinta-feira (27), todos os passarinhos deste ninho visitaram a primeira Agrofloresta de Pernambuco, em Abreu e Lima e a experiência de Agricultura Urbana na Horta popular Agroecológica Dandara, no bairro de Peixinhos, ambos na Região Metropolitana do Recife. 

Além da equipe atual, entre diretoras e colaboradores/as, participaram dois dos sócio-fundadores, Marcos Figueiredo e Flávio Duarte. A jovem camponesa e estudante de agroecologia, Tatiane Faustino, também participou das atividades, representando a Comissão de Jovens Multiplicadores/as da Agroecologia – CJMA. 

Pela manhã, conhecemos a propriedade de Dona Lenir, companheira de Jones Severino (em memória), o primeiro agricultor assessorado pelo Centro Sabiá. É lá, em Abreu e Lima, no Sítio São João de Lenir e Jones, onde fica o primeiro Sistema Agroflorestal de Pernambuco. Produzindo de forma agroecológica, desde 1994, a família comercializa produtos beneficiados pela produção na Feira Agroecológica das Graças. Dona Lenir, junto a Marcos Figueiredo e Flávio Duarte, que participaram da implantação do sistema, contaram sobre a experiência de 29 anos, até então.

No período da tarde, foi o momento de conhecer uma experiência urbana, na periferia da cidade do Recife. A Horta Dandara, que surgiu em 2020, durante um momento crítico da pandemia de Covid-19, está resistindo e produzindo comida de verdade. A Horta, formada majoritariamente por mulheres, fica em um espaço que passa por muitos desafios: o Nascedouro de Peixinhos. Um complexo, onde funcionava um antigo matadouro, se tornou um espaço de produção cultural pela e para a população. No entanto, sem atenção do poder público, enfrenta desafios para sua estruturação e aproveitamento pleno. Escutamos a história da região, conversamos sobre os desafios, mas também vimos o quanto a Horta tem evoluído nesses anos. Ouvindo as agricultoras urbanas, aprendendo sobre o que está plantado, o que se pretende fazer e os benefícios vivenciados pelas mulheres agricultoras até então.

Encerramos o dia em um diálogo muito potente sobre as percepções das diferenças e semelhanças dos dois espaços visitados, e com certeza, com toda a equipe integrada ao trabalho realizado na no dia a dia, que transforma tantas vidas.