Governo Federal reconhece Centro Sabiá pela “Gestão de Ater”
Alberto Barros recebeu prêmio das mãos do ministro Patrus Ananias Foto: Acervo Centro Sabiá
Por Eduardo Amorim
As experiências de Assessoria Técnica e Extensão Rural (ATER) do Centro Sabiá nos três territórios de atuação da ONG foram selecionadas como uma das 57 boas práticas no Brasil a serem difundidas e discutidas. Artigo escrito por Alberto Barros, Aniérica Almeida e Ewerton França, será publicado em livro que deve chegar ao público em 2016.
Representando o Centro Sabiá, o coordenador da Chamada de Ater no Sertão, Alberto Barros, recebeu do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, um troféu de reconhecimento pela metodologia que vem sendo desenvolvida na nossa prática de assessoria técnica e extensão rural. Ele e a agricultora Joselania Gomes, de Rio Formoso, participaram de Seminário Nacional de Boas Práticas de Ater, realizado em Brasília, do dia 1º até ontem (3 de dezembro).
O projeto do Centro Sabiá foi selecionado da categoria Gestão de Ater. Para Alberto, o que diferencia a prática é “o jeito da gente fazer uma assessoria técnica e extensão rural diferenciada, ouvindo sempre os agricultores e agricultoras, para percebermos as demandas das comunidades e colocando o nosso jeito de fazer”.
Ele lembra que nessa chamada de Ater está sendo garantida e até ultrapassada a meta de 50% de mulheres no público, nas três regiões. Em cada etapa do processo, também é possível identificar cuidados para o bom funcionamento do projeto, começando pela reflexão para cadastrar as famílias que realmente tem interesse em iniciar um processo de transição agroecológica.
Apesar da incerteza com possibilidades de cortes que podem diminuir os recursos para assessoria técnica e extensão rural em todo o Brasil, Alberto Barros destaca a evolução que vem ocorrendo ao logo do tempo: “Nessa última chamada de ATER agora estamos realizando atividades formativas diferenciadas, porque o formato do edital permite que nos adaptemos às demandas de cada região”, explica, lembrando também que jovens e mulheres têm tido atenção especial.
No total, 176 propostas foram inscritas para publicação e 57 foram selecionadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário para serem divulgadas em livro. Agricultora de Rio Formoso, Joselania Gomes, ficou muito satisfeita com a possibilidade de trocar experiências com agricultores e agricultoras de diversas regiões do Brasil. “Dividi quarto com uma senhora gaúcha que quando acabou o Seminário ficou querendo que eu fosse trabalhar com ela no Rio Grande do Sul”, lembrou.
Depois de sua primeira experiência viajando de avião, a agricultora ressalta também que “muita gente perguntava sobre o trabalho que o Centro Sabiá desenvolve e queria saber se efetivamente os sistemas agroflorestais estavam sendo importantes? E eu dizia que o SAF é uma floresta onde podemos trabalhar sem estar infringindo nenhuma lei e que tem ajudado muito para diversificarmos nossa produção”. Somadas as três regiões pernambucanas, o Centro Sabiá já assessorou a implantação de mais de 1.000 sistemas agroflorestais.
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