A 5° Marcha das Margaridas pelas mulheres que a construíram

Marcha das Margaridas. Foto Riva Almeida 1                                                                                 Foto: Rivaneide Almeida/Centro Sabiá

Por Rivaneide Almeida (coordenadora do Centro Sabiá no Sertão) e Tayse Muniz (Técnica do Centro Sabiá)

A Marcha das Margaridas 2015 foi uma mobilização de nível nacional, que reuniu mulheres camponesas, das florestas e das águas para o combate à pobreza, o enfretamento à violência contra as mulheres, na defesa de uma agricultura agroecológica, e da segurança e soberania alimentar e nutricional, afirmando-se como sujeitas/os de direitos e sujeitas/os políticas/os a fim de garantir reformas políticas capazes de proporcionar mudanças em estruturas históricas que ainda sustentam as desigualdades e a discriminação no Brasil.

Essa foi a 5° edição da Marcha, e a sua preparação se deu a partir de ações de mobilização que se iniciaram nos territórios, com construção das propostas e pautas, bem como um processo reflexivo, no qual o Centro Sabiá contribuiu com a facilitação da oficina Mulheres e Agroecologia, com lideranças e representações dos movimentos de mulheres e sindical do sertão de Pernambuco.

Esse foi um processo construído por todas as mulheres a nível nacional e tem sido um espaço de reafirmação das bandeiras de luta defendidas. Essa edição da Marcha das Margaridas ficou marcada pela defesa da democracia, no momento em que sofremos sérias ameaças respaldadas por uma mídia que tenta desconstruir aquilo que defendemos e conquistamos, à luz de um projeto social construído pelos movimentos sociais do país.

O nosso sentimento, para além de muita emoção, foi da certeza que as mulheres assumem e se reconhecem num papel fundamental para conquista de uma sociedade mais igualitária, em suas diversas dimensões: econômica, politica, social e ambiental, a fim de garantir os direitos de escolha, o respeito à diversidade num mundo livre de machismo, homofobia, racismo, do patriarcado e de todas as formas de repressão que ameaçam e vitimam principalmente as mulheres.

Nesse contexto a nossa participação foi uma forma de reafirmar e fortalecer essas bandeiras de luta que defendemos, pois está na essência e no compromisso do Centro Sabiá, por acreditarmos que sem feminismo não há agroecologia!


Que bom ter você por aqui…

Nós, do Centro Sabiá, desde 1993 promovemos a agricultura familiar nos princípios da agroecologia. Nossa missão é "plantar mais vida para um mundo melhor, desenvolvendo a agricultura familiar agroecológica e a cidadania". Seu apoio através de uma doação permite a continuidade do programa Comida de Verdade Transforma e outras ações solidárias e inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar.

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