Mais de 300 agricultores e agricultoras do Agreste de Pernambuco se reuniram para trocar experiência
Por Sara Brito (Centro Sabiá)
No último dia 03 de outubro cerca de 370 agricultores se reuniram no Assentamento Normandia, em Caruaru, Pernambuco, para o Encontro Territorial para Troca de Experiências. Agricultores e agricultoras de municípios do Agreste como Bezerros, Vertentes, Taquaritinga do Norte e Caruaru puderam trocar experiências, conhecimentos e produtos durante todo o dia. O evento foi realizado pelo Centro Sabiá e pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Agroflor e Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.
Pela manhã aconteceu a Feira de Saberes e Sabores, onde os presentes puderam apresentar e trocar suas experiências e produtos. Tinha elementos de todos os tipos: café orgânico, caldo de cana, hortaliças, grãos, artesanatos e publicações. Foi um momento rico em que cada um pôde partilhar um pouco de suas sabedorias. “Eu trouxe um pouco de cada coisa. Trouxe as espécies mais raras, que pouca gente tem. É muito boa essa troca, sempre estou atrás de novas espécies”, disse Pedro Manoel, agricultor de Sítio Betânia, comunidade do município de Bezerros.
Durante a feira também foram oferecidas oficinas técnicas e práticas que ficaram cheias de gente com o desejo de aprender mais sobre os assuntos do campo, que fazem parte do seu dia a dia. Manejo Sanitário e Alimentação Animal, Manejo e Reaproveitamento de Água, Defensivos Naturais e Biofertilizantes e Compostagem foram os temas abordados nas oficinas, ministradas por técnicos e jovens assessorados pelo Centro Sabiá.
A tarde foi o momento de diálogos, com a presença de várias lideranças dos movimentos sociais e agricultores e agricultoras. Estavam lá Antônio Barbosa (P1+2/ASA), Jaime Amorim (MST), Verônica Santana (MMTR-NE), Adelson Freitas (Fetape), Maria Cristina (Centro Sabiá), José Cláudio (Secretaria Executiva de Agricultura Familiar) e a agricultora agroecológica Joelma Pereira.
Para Joelma Pereira, esses momentos de trocas são muito importantes, pois mostram a grandeza dos pequenos agricultores. “Os movimentos têm que apostar mais em momentos como esse, de trocas de grandes agricultores. Porque somos grandes naquilo que fazemos! Não é fácil viver no campo. Mas as pessoas estão buscando alternativas, com os meios que elas têm”, afirmou ela.
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