Programa de Autonomia e Fortalecimento da Juventude Rural foi construído com pautas dos movimentos s
Por Sara Brito (Centro Sabiá)
De 2012-2015 pela primeira vez o Plano Plurianual nacional prevê o Programa de Autonomia e Emancipação da Juventude, com o objetivo de promover a autonomia e emancipação cidadã dos jovens e das jovens, com ações de capacitação e apoio a microprojetos produtivos juvenis. Como desdobramento desse objetivo foi criado o Programa de Autonomia e Fortalecimento da Juventude Rural (PAJUR), lançado no dia 3 de julho deste ano. O PAJUR é uma iniciativa da Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), em conjunto com os ministérios das Comunicações, da Cultura, e do Desenvolvimento Agrário, além de contar com a parceria do CNPq, fundações, universidades federais, organizações e grupos juvenis.
As ações do PAJUR são voltadas para promoção da geração de renda, associando formação cidadã, com base nos preceitos agroecológicos e sustentáveis; o estímulo ao intercâmbio de experiências; a ampliação ao acesso a políticas públicas e a tecnologias sociais que fortaleçam as condições necessárias para a permanência dos e das jovens do campo e da floresta. “O PAJUR foi construído e será executado com participação da juventude rural. Está previsto no Acordo de Cooperação entre os parceiros que o Comitê Executivo de Monitoramento e Avaliação do Programa será de caráter consultivo e paritário com representação do governo e da sociedade civil”, explica Elisa Guaraná, coordenadora de políticas transversais da SNJ.
Efetivamente as ações do PAJUR incluem cursos com parcerias com universidades federais de vários estados do país, turmas para a promoção de projetos produtivos em seus territórios atuando com jovens de assentamentos rurais, agricultura familiar e comunidades tradicionais e extrativistas, pontos de cultura para a juventude rural e pontos de conexão digital para as comunidades. A ideia é assegurar a ampliação do acesso a políticas públicas, capacitação e o apoio a microprojetos produtivos, fortalecendo a autonomia e emancipação da agricultura familiar, camponesa e dos povos e comunidades tradicionais.
“Esse esforço vem sendo construído através dos recebimentos das pautas dos movimentos sociais: CONTAG, FETRAF, VIA CAMPESINA, MST, MMC, MAB, PJR, MPA e por meio da 2ª Conferência Nacional de Juventude onde ocorreram mais de 1500 conferências municipais, regionais e territoriais com articulação nas Comunidades e Povos Tradicionais”, explica Elisa Guaraná, sobre a construção do Programa.
Segundo Elisa, a importância do PAJUR está em sua continuidade, que faz contraponto a ações pontuais. “O PAJUR é uma proposta mais completa na medida em que prevê uma maior integração de políticas existentes e caminha para a institucionalização de ações piloto iniciadas a partir do Programa de Autonomia e Emancipação da Juventude”, conclui ela.
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