Movimentos Sociais Denunciam Assassinato de Agricultores na Chapada do Apodi-RN

Acampamento Edivan PintoAto realizado na Caravana Agroecológica e Cultural do Apodi

 

Por Laudenice Oliveira com informação das organizações locais

 A história de violência no campo brasileiro contra aqueles e aquelas que botam a comida na mesa dos/as brasileiros/as, que zelam pela vida e a cultura do seu povo continua a fazer vítimas nos territórios deste país. No início deste mês, dia 06/05, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) perdeu dois lutadores das suas fileiras, os agricultores Francisco Lacy Gurgel Fernandes, mais conhecido como “Chacal” e Francisco Alcivan Nunes de Paiva, conhecido como “Civan”. Eles foram assassinados com armas de calibre 12 e 38, quando retornavam para casa, após participarem do ato de paralisação da BR-405,organizado pelas/os agricultoras/es sem terra do Acampamento Edivan Pinto, em Apodi-RN. Eles e elas reivindicam ações efetivas para a Reforma Agrária Popular na região e a paralisação das obras do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi-RN, nomeado pelo povo como “Projeto da Morte”, do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DENOCS).

Durante a Caravana Agroecológica e Cultural da Chapada do Apodi, em outubro do ano passado, no Rio Grande do Norte, realizada pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e os movimentos sociais locais, os/as participantes visitaram o símbolo maior da resistência de agricultores e agricultoras contra o “Projeto da Morte”, que é o acampamento Edivan Pinto. Este é o maior acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do Brasil. Ele fica no município de Mossoró/RN. O acampamento foi criado com o objetivo de ocupar a área já demarcada pelo governo federal para instalação do perímetro irrigado na parte potiguar do território. Hoje, encontram-se acampadas no local mais de mil famílias.

A região demarcada para receber o projeto é repleta de experiências ricas no que se refere a agricultura familiar, se destacando na produção por base agroecológica, como quintais produtivos, pomares e produção de hortaliças, assim como no beneficiamento frutas e produção de mel.

Em repúdio a morte dos companheiros do assentamento Edivan Pinto, uma nota de denúncia e repúdio contra a violência instalada na região foi elaborada e assinada pelos movimentos sociais organizados. Veja abaixo.


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