Campanha em defesa dos direitos da mulher é lançada pela Diaconia
Querendo sensibilizar, despertar e motivar mulheres evangélicas no encorajamento à denúncia das diferentes expressões de violência, a ONG Diaconia lançará na próxima sexta-feira, 07 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, a campanha “Eu sou uma mulher de coragem: eu denuncio”.
Foto: Diaconia
por Higor Gonçalves (assessor de comunicação da Diaconia)
A violência contra a mulher é uma prática que permeia os mais variados segmentos da sociedade brasileira, independente da região, etnia, renda, escolaridade ou religião. No meio evangélico, que abrange 42,2 milhões de pessoas (22,2% da população nacional, segundo dados do último Censo), a realidade não é diferente. O assunto, na maioria das vezes, é tratado de modo inadequado nos círculos protestantes, que carecem de indivíduos preparados para abordar a questão. Com os objetivos de apoiar as igrejas na reflexão sobre seu papel na defesa dos direitos de mulheres, assim como sensibilizar, despertar e motivar mulheres evangélicas no encorajamento à denúncia das diferentes expressões de violência, a ONG Diaconia lançará na próxima sexta-feira, 07 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, a campanha “Eu sou uma mulher de coragem: eu denuncio”.
O lançamento acontecerá nos municípios de atuação da entidade nos estados de Pernambuco, do Ceará e Rio Grande do Norte. Ao todo, serão mobilizadas dez igrejas evangélicas por município, totalizando 40 congregações. No Recife, o lançamento ocorrerá a partir das 19h30, na Igreja Metodista de San Martin, em paralelo à celebração do Dia Mundial de Oração 2014. “Por meio da campanha, a Diaconia investirá na promoção de processos de mobilização, sensibilização, despertamento e capacitação de lideranças e membros de Igrejas Evangélicas no reconhecimento do seu potencial para a superação das diferentes formas de violência que atinge as mulheres das nossas regiões”, explica a coordenadora da Unidade Territorial da Diaconia no Recife, Gleizy Gueiros.
TRISTE REALIDADE – Segundo dados da pesquisa “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado”, da Fundação Perseu Abramo, lançada no final de 2013, a violência contra a mulher é “democrática” e não costuma variar entre os segmentos. O estudo investigou 20 diferentes modalidades de violência, constatando que a física atinge 19% das mulheres com curso superior, contra 25% das que possuem apenas o ensino fundamental. As formas de controle ou cerceamento, no entanto, abrangem 19% das mulheres com menor escolaridade, contra 27% das que têm diploma superior. Já a violência psíquico-verbal é igual para todas, com 21%.
De acordo com levantamento do Governo Federal, quatro entre cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. Dados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher também apontam que mais de 90 mil mulheres foram mortas, nos últimos 30 anos, vítimas da violência doméstica, praticada principalmente por maridos e companheiros.
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