Andanças das juventudes: Fojupe realiza encontro preparatório para conferências
Encontro do Fórum das Juventudes de Pernambuco reúne jovens de todo o estado para preparação para conferências. Foto: Fojupe
Texto escrito pelos Jovens Multiplicadores/as de Agroecologia:
Gildo José Da Silva (jovem agricultor agroecológico e estudante de agroecologia) do Sítio Sobrado, município de Jataúba/PE
Claudia Graziely Ferreira (Secretaria de jovens rurais do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Bento do Una/PE)
Erisvaldo Santos da Silva, do Sítio colônia/Jupí/PE (Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jupí/PE)
O Fórum das juventudes de Pernambuco (Fojupe) realizou, nos dias 26, 27 e 28 de junho, um encontro que reuniu dezenas de jovens rurais e urbanos, pretos e brancos, índios e quilombolas, ribeirinhos e assentados de todas as regiões do estado de Pernambuco. Esta edição do encontro foi realizada no Santuário das Comunidades, em Caruaru, no Agreste central do estado.
Jovens de uma ponta a outra de Pernambuco, desde a cidade de Araripina, como é o caso de Camila Rocha Santos, de 22 anos, agricultora familiar, diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais daquele município e também diretora de organização e formação sindical, que viajou quase todo o estado pra participar desse momento e falou um pouco sobre o fórum para os demais jovens presentes. “O Fojupe é um espaço onde podemos pautar nossas lutas juntos com os jovens de todo o estado, é de grande importância a participação, pois o fórum nos ajuda a legitimar nossos direitos em todas as instâncias”, defendeu a jovem liderança.
A noite do dia 26, durante a abertura do evento, trouxe um sentimento de pertencimento à luta pelos direitos sociais de nós jovens de diversas categorias de todo o território pernambucano. O Fojupe é esse espaço onde nos enxergamos dentro da conjuntura política atual enquanto movimento social.
Fomos cerca de 50 jovens reunidos para nos articularmos para a realização das Conferências de Juventude em nossos municípios, além de fomentar os gestores municipais para tal evento atentando para envolver a juventude rural e urbana, tendo em vista que as diferentes juventudes têm pautas distintas para atender suas necessidades.
Todo esse momento nos proporcionou uma animação e uma força para reforçar nossa base juvenil, levantando nossas demandas nos espaços que habitamos, seja ele rural ou urbano.
As conferências em nossos municípios irão proporcionar um espaço de debate e de construção coletiva da nossa pauta, dos nossos anseios juvenis. Muitos destes pontos de reivindicação que serão levantados já estão garantidos no Estatuto da Juventude, mas de fato ainda precisam ser efetivados a partir dos nossos municípios.
“Esse momento está sendo muito bom, as trocas de experiências, discussões, revisão de leis, bandeiras de lutas diferentes, vejo que a juventude no geral é muito forte, mas temos que nos organizar mais e correr atrás dos nossos direitos. Diga à juventude que avance!, diz Elyson Ruan Cordeiro, jovem do povo indígena Xukuru do Ororubá, que também participa do grupo jovem Poya Limolaygo e do Ororubá Filmes, em Pesqueira, no agreste pernambucano.
Nas divisões dos grupos de estudo muita coisa surgiu. Entre elas, dois gritos de guerra que representam a luta da juventude: “Juventude, qual é a nossa conduta? Ir à luta, ir à luta, ir à luta!” e “Avente juventude, vamos juntos, vem lutar, vamos unir forças e exigir nosso lugar!”.
A cada encontro desse, nós saímos mais motivados e com a certeza de que estamos sendo úteis, de que nossas lutas, nossas andanças pelo mundo não são em vão, de que podemos realmente fazer a diferença. Não é tão fácil quanto se fala, mas também não e tão difícil quanto se pensa. Vamos em frente, vamos à luta porque somos jovens e temos energia, temos gás, temos fogo para ir em frente, para não desistir.
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