Integrante da CTJMA participa da Escola Latino-Americana de Agroecologia
A Escola Latino-americana de Agroecologia completa 11 anos da sua implementação em 2016 Crédito: Getulio Roberto/CTJMA
Por Getúlio Roberto – Comissão Territorial de Jovens Multiplicadores de Agroecologia do Agreste
Jovem integrante da Comissão Territorial de Jovens Multiplicadores da Agroecologia, Getulio Roberto, conta no depoimento abaixo como está sendo sua experiência no curso superior de Agroecologia na Escola Latina Americana de Agroecologia, que é desenvolvido em parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR), através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA). Leia abaixo o relato do estudante.
“Ser um jovem multiplicador da Agroecologia , me levou a questionar o modelo de vida imposto por esta sociedade capitalista que oprime e exclui nós jovens agricultores que buscamos um novo modelo produtivo, que respeite desde os aspectos ambientais até os sociais e este entendimento me fez perseguir um objetivo; lutar pela transformação da minha realidade social, política e econômica da minha comunidade.
Para esta mudança se concretizar sempre acreditei que me debruçar no estudo da agroecologia séria de fundamental importância , então neste ano de 2016 estou tendo uma oportunidade que tem uma significativa importância em minha vida ; estudar Agroecologia e me aprofundar nos conhecimentos desta ferramenta de transformação política-social-ambiental .
No dia 28 de Fevereiro fui indicado pela Pastoral da Juventude Rural-PJR para fazer o curso Superior de Agroecologia na Escola Latina Americana de Agroecologia em parceria com o IFPR Instituto Federal do Paraná através do PRONERA , no Assentamento Contestado no município da lapa, centro sudeste do Paraná.
Lá, tive oportunidade de experienciar vivências muito ricas , intercambiando com as mais variadas formas de conhecimentos sobre a Agroecologia . Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) foram parte fundamental dessa vivência, o contato com os agricultores agroflorestais e suas várias formas de construção do conhecimento agroflorestal é algo que a cada dia me encanta.
O nosso curso tem uma duração de cerca de quatro anos intercalados em seis módulos baseados na pedagogia da alternância, com tempos nas comunidades e outros na escola. Na comunidade, fortaleceremos as nossas experiências nos nossos territórios a partir dos coletivos aos quais estamos inseridos intensificando o debate prático-teorico político e social da Agroecologia .
Nós jovens camponeses /as temos uma dificuldade muito grande em cursar o ensino superior, voltado para nossa realidade , a lógica do sistema é nos manter a distância de qualquer insstrumento de empoderamento que nos leve a transformação de nossas realidades, por isto acredito que esta formação contribuirá para que eu possa fazer o enfrentamento deste sistema opressor, e contribuir para a consolidação de um modo alternativo de ver e comprender a vida e a agroecologia.
Aos companheiros e companheiras desta caminhada, digo que continuar lutando sempre será necessário e imprescindível para construirmos um novo projeto de sociedade”.
Que bom ter você por aqui…
Nós, do Centro Sabiá, desde 1993 promovemos a agricultura familiar nos princípios da agroecologia. Nossa missão é "plantar mais vida para um mundo melhor, desenvolvendo a agricultura familiar agroecológica e a cidadania". Seu apoio através de uma doação permite a continuidade do programa Comida de Verdade Transforma e outras ações solidárias e inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar.