Comissão de Jovens  elabora  proposta para edital da FBB 

Por Gabriel Venâncio* 

Desde 2011 a Comissão de Jovens Multiplicadores da Agroecologia (CJMA)  é reconhecida pela Fundação Banco do Brasil (FBB) como tecnologia social, reconhecida como uma metodologia transformadora. Mas, desde a sua formação que a CJMA vem transformando vidas por meio da educação agroecológica. São notórios os casos de jovens que, ao passar pela Comissão, transformaram-se em novas pessoas, que  reconhecem, inclusive,  que a agroecologia não é apenas o não uso do veneno. É um modo de vida. 

Pensando nisso, e com o último edital lançado pela Fundação Banco do Brasil (Edital de Seleção Pública nº 2018/009) de Projetos para Reaplicação de Tecnologias Sociais, o Centro Sabiá aposta mais uma vez no potencial da juventude e resolve entra com proposta de projeto para a replicação da experiência da  CJMA, para o fortalecimento da mesma.  Para tanto,no dia 21 de junho de 2018,  aconteceu uma reunião na sede do Sabiá, no Recife, com representação das juventudes  da Comissão e técnicos/as da instituição para discutir e estruturar a propsota de projeto. A ideia é implantar a metodologia da Comissão  em sete municípios do Sertão do Pajeú, em Pernambuco, são eles:  Calumbi, Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde, Flores, Carnaíba, Afogados da Ingazeira e Iguaracy, envolvendo diretamente 87 jovens de 13 comunidades dos referidos municípios.

“É gratificante   saber que o projeto tem como objeto a geração de renda no campo agroecológico, fortalecendo ainda mais o trabalho que já fazemos nas nossas comunidades e agora a nível municipal, com a aprovação do projeto. É muito gratificante saber que uma organização como o Centro Sabiá, que ao longo dos anos vem com um trabalho belíssimo e sempre acreditando nas juventudes”, afirma Wandreson Rodrigues, da Comunidade Santana dos Guerras, de  Santa Cruz da Baixa Verde, uma das comunidades a serem contempladas pelo projeto. 

A proposta é que o projeto trabalhe em três áreas de geração de renda que é o turismo rural, apicultura, feiras agroecológicas e beneficiamento de  frutas, bolos, pasteis, vinhos e licores. A ideia é de também  replicar a tecnologia social que é a CJMA,  contribuindo para a formação de  comissões municipais para o fortalecimento ainda mais das atividades e autonomia dessa juventude. 

Pretende-se diminuir gradativamente o êxodo rural das juventudes.  Com esse desgoverno e a retirada de direito que sofremos nos últimos anos, percebemos  que tem aumentado e muito a saída dos jovens para as grandes Metrópoles a procura de emprego. O campo está ficando sem a classe que mais tem contribuído para a construção de um país justo igualitário e autônomo que é o da agricultura familiar de  base agroecológica.

*Gabriel Venâncio é do município de Flores, Sertão de Pernambuco, da Comissão de Jovens  Multiplicadores/as da Agroecologia do Sertão do Pajeú

 

 

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