Caravana Estadual Juventudes do Semiárido do Ceará, conta com a participação da CJMA
Foto: CJMA
Por Tatiane Faustino
Cerca de 300 jovens participaram da Caravana Estadual Juventudes do Semiárido do Ceará no Hotel Recanto Wirapuru nos dias 15 a 17 de junho de 2019, no intuito de promover debates acerca da agroecologia, convivência com o semiárido, educação contextualizada, raça e etnia, diversidade sexual, reforma agrária e sucessão rural. O encontro foi idealizado pelo Projeto Paulo Freire após a realização de quatro edições em territórios assistidos pelo projeto em 31 municípios cearenses desde o último ano.
O painel de abertura “Juventudes, Agroecologia e Democracia” reuniu a socióloga e vereadora Maria Divaneide Basílio; o sociólogo e membro do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios Thiago de Holanda; o coordenador da Articulação do Semiárido Marcos Jacinto; e a jornalista Monyse Ravena. No dia seguinte, as sete Tendas das Juventudes aperfeiçoam o debate e incluem os assuntos: segurança alimentar, diversidade sexual, reforma agrária e sucessão rural e o acesso às políticas públicas.
Foto: CJMA
Também aconteceu o painel “Auto-organização das juventudes do campo”, com representantes: da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) – Regilane Alves; Tatiane Faustino da Comissão de Jovens Multipilicadores/as da Agroecologia de Pernambuco/Centro Sabiá; Milena Camelo da Fetraece e Miguel Braz do Levante Popular da Juventude e Movimento dos Sem Terra. A programação se encerrou com ato cultural no Centro Cultural Dragão do Mar. No último dia, teve um Percurso Multicultural, visitando equipamentos culturais e de Fortaleza, e a aprovação da Carta das Juventudes do Semiárido.
Eu como jovem, mulher rural me senti muito honrada em participar da mesa auto organização das juventudes rurais, onde falei sobre a CJMA, sua trajetória de 14 anos, seus territórios, sua diversidade de pessoas, culturas, produção agroecológica e familiar. Destacando como foi importante a metodologia e o processo de assessoria desenvolvido pelo Centro Sabiá. E que esse processo de auto organização contextualizadas aos jovens do campo se tornam capazes de formar pessoas para vida e para os espaços públicos, assim construindo estratégias de sustentabilidade, comunicação e da diversificação das pluriatividade das juventudes nos seus territórios. Me senti emocionada em falar sobre os valores, as lutas campesinas, as minhas raízes de mulher rural.
Que bom ter você por aqui…
Nós, do Centro Sabiá, desde 1993 promovemos a agricultura familiar nos princípios da agroecologia. Nossa missão é "plantar mais vida para um mundo melhor, desenvolvendo a agricultura familiar agroecológica e a cidadania". Seu apoio através de uma doação permite a continuidade do programa Comida de Verdade Transforma e outras ações solidárias e inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar.