Formação e auto-organização é destaque entre juventudes de Pernambuco

Foto: Comissão de Jovens Multiplicadores/as da Agroecologia (CJMA)

Por: Gabriel Venâncio e Gildo José

Aconteceu o entre os dias 21 e 23 de setembro do corrente ano o intercâmbio agroecológico dentro da Reunião da Comissão de Jovens Multiplicadores e Multiplicadoras de Agroecologia (CJMA) do  Agreste de Pernambuco. O intercâmbio teve início na sexta-feira a noite 21 e término ao meio dia do domingo dia 23, contou com a participação de cerca 30 jovens do território do Agreste Central e Setentrional de Pernambuco, além de representantes do Sertão do Pajeú  e Zona da Mata Sul do Estado.

O encontro foi realizado pelo Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá com o apoio e TDH – Terre des Hommes Schweiz, e teve como objetivo proporcionar a troca de experiências, e formações, aprendizados entre os/as jovens dos territórios para fortalecer a ação em rede. A atividade aconteceu no Santuário das Comunidades em Caruaru. No decorrer dos dias foi realizado o monitoramento das ações e planejamento deste ano no território, pensando e estruturando as estratégias de fortalecimento dessas ações. Um destaque importante foi a celebração da chegada de novos jovens na comissão, com muita alegria e numa perspectiva de fortalecer e continuar as ações em curso. A expectativa é que esses novos jovens venham contribuir ainda mais no desenvolvimento das ações no campo da produção agroecológica e incidência política que é uns dos eixos base que faz parte das linha de atuação da comissão. 

Além desses momentos aconteceu uma manhã de práticas agroecológicas na propriedade da Jovem Mônica Silva, no Sítio Jurema em Cumaru. As práticas foram feitas pelos/as jovens componentes da comissão, os/as quais dominam muito bem esses manejos inclusive muitos deles/as são técnicos/as em agroecologia e prestam um belo trabalho para junto de suas comunidade e municípios. Foram desenvolvidas práticas de  podas, manutenção dos canteiros e plantio de hortaliças e fruteiras no seu sistema agroflorestal, essas práticas foram apontadas pela família da jovem Mônica no planejamento que foi feito pelos mesmos. Para o jovem Edson Cipriano do sítio Riacho de Pedras, município de Cumaru esse encontro foi um momento  de grande experiência onde partilhamos com pessoas que estavam conosco, como também os novos jovens. E melhor ainda foi o  contando com jovens da Zona da Mata e Sertão, onde vimos que precisamos nos unir cada vez mais  para juntos podermos construir espaços para os jovens, e neste encontro tivemos diversas experiências do campo e também me deu mais motivação para seguir nesta jornada de juventude, passando pelas dificuldades que encontramos enquanto jovens. “O encontro foi muito importante para o nosso coletivo, avalio que conseguimos alcançar os objetivos, de proporcionar a troca de experiências, formação, planejamento e avaliação. A ação vai me ajudar a fortalecer a atuação em rede. No retorno para casa já pensei em estratégias de mobilizar mulheres e homens, jovens para fortalecer a comissão, e já consegui dialogar e estamos planejando reuniões e ações de mutirão aqui na comunidade de Umburanas em Afogados da Ingazeira”, reforça a jovem Tatiane Faustino.

Foto: Comissão de Jovens Multiplicadores/as da Agroecologia (CJMA)

Já para Jaqueline Josefa Silva de Lima da comunidade Serra Seca, município de Vertentes disse que o encontro foi  maravilhoso, ela já seguia a comissão nas redes sociais e tinha muita vontade de conhecer melhor e esta foi a oportunidade. Assim, destacou “no primeiro momento eu me senti um pouco desconfortável por esta entre pessoas que eu não  tinha contato e outras que eu nunca nem vi, e também  pensei que ia ser só uma  palestra normal como é em algumas reuniões, mais quando percebi que não  era só isso, que a gente também se envolvia nas atividades como debates e outras que todos desenvolveram juntos já me senti fazendo parte da CJMA. Logo na chegada pra atividade, durante as dinâmicas de quebra gelo fiquei um pouco desconfortável, mas aos poucos fui me sentindo acolhida por todos  que estava ali, mesmo sem conhecer me acolheram de tal forma que pude me senti à vontade, diferente de como tinha chegado. Aprendi muitas coisas que com certeza multiplicarei com os jovens da minha comunidade. O encontro foi maravilhoso e proporcionou aprendizados e acolhimento para todo o grupo pois, agora eles sabem que não estão  sozinhos. Como eu falei na avaliação final, mesmo eu fazendo o curso de agroecologia ainda não estava me sentido fortalecida como me senti ao lado daquelas pessoas que até então não  conhecia mas, estavam buscando o mesmo objetivo que eu  e me senti muito feliz também em  saber que agora faço parte daquela comissão  que eu era doida  pra conhecer. E não  podendo deixar de falar  da atividade prática que naquele momento me senti com uma liberdade  e felicidade incomparável”. 

Finalizamos reafirmando que este encontro teve um foco para produção agroecológica e foi de inteira importância para o despertar das juventudes para as diversas forma de produção. Outro momento que se destaca é o avanço dessas juventudes para a alta gestão dos encontros e ocupação dos espaços de discussão dentro da própria comissão, também a desenvoltura dos/as jovens para a comunicação e alimentação das redes sociais da CJMA. É notório o avançar desses sujeitos para a comunicação e o melhor de tudo isso é que eles mesmos são os responsáveis de formar novos jovens para a ocupação dos novos espaços. 

 

 

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