Vacinação traz esperança à comunidade quilombola no interior de Pernambuco
Foto: Comissão de Jovens Multiplicadores da Agroecologia (CJMA)
Vacinação traz esperança à comunidade quilombola no interior de Pernambuco
Por Gildo José da Silva, Sítio Sobrado, município de Jataúba (PE) e Maria da Conceição Ferreira Brito, Varzinha dos Quimbolas, município de Iguaraci (PE), jovens multiplicadores da agroecologia
Desde o ano passado que o mundo vem sofrendo com a pandemia do novo corona vírus, milhões de pessoas contaminadas, milhões de pessoas que perderam a vida, famílias que choram por seu entes queridos que se foram de uma forma tão trágica. No Brasil, vivemos um caos total, já estamos na segunda “onda”, que veio mais devastadora que a primeira, a pandemia está descontrolada e com novas variantes, que são ainda mais contagiosas e letais, todos os cantos do nosso país foram e estão sendo afetados.
Aqui no interior de Pernambuco não há muitos leitos de UTI, e os que têm estão lotados, além da doença, também tem o martírio de estar em busca de vagas nos hospitais. Desde o início da pandemia, sempre sonhávamos com o dia em que se anunciariam as vacinas pra cessar esse mal, esse dia chegou, hoje já são várias vacinas em uso e outras dezenas em testes, no Brasil a vacinação caminha a passos lentos e precisa ser mais rápida para que todos possam ser imunizados a tempo. O interior de Pernambuco já está vacinando os grupos prioritários, alimentando a esperança por dias melhores.
Na Comunidade Quilombola Varzinha dos Quilombolas, no município de Iguaraci, Sertão do Pajeú Pernambucano, 60 moradores começaram a ser vacinados, dentre esse total, 25 são jovens, a idade mínima para a vacinação, são de pessoas acima de 18 anos de idade, são as primeiras doses da vacina ASTRAZENECA/FIOCRUZ, a ação está sendo realizada pela Secretaria Municipal de Saúde por meio dos profissionais de saúde da Unidade Básica de Saúde, com atendimento na Associação Quilombola da comunidade.
É importante destacar, e já é comprovado, que a população quilombola deverá ser tratada enquanto grupo prioritário em todos os planos de vacinação. Pois está previsto no Plano Nacional de Vacinação, como também é reconhecido pela Advocacia Geral da União – AGU, no âmbito da ADPF nº 742 jugado favoravelmente pelo Supremo Tribunal Federal. Com essa primeira etapa de vacinação a comunidade está cada vez mais esperançosa com vacinação e com a volta de todas as suas atividades. Uma dose de esperança que aos poucos vai trazendo de volta a alegria da comunidade.
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