Caravana do Rio Pajeú realiza sua quarta parada em Serra Talhada
Rivaneide Ligia Almeida Matias
Equipe técnica do Centro Sabiá no Sertão
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A Caravana do Pajeú é um movimento territorial que aconteceu pela primeira vez em 2010, como estratégia de denunciar as ameaças sofridas pela bacia hidrográfica do Pajeú, como desmatamento, queimadas, lançamento de esgotos urbanos e lixo no rio Pajeú e seus afluentes. Naquele ano,Vanete Almeida, agricultora familiar e uma das fundadoras do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Pernambuco(MMTR-PE) foi forte articuladora, junto a organizações da sociedade civil, sindical e de igrejas.
Agora em 2023, a Caravana foi retomada, considerando o significado e potencial do movimento para a luta em defesa do Rio. Articulada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Pajeú e Rede Pajeú de Agroecologia, dessa vez, a Caravana aconteceu em quatro momentos, onde foram realizadas paradas em diferentes regiões do território, fazendo denúncias e anúncios. A primeira aconteceu em Brejinho e Itapetim, a segunda em Carnaíba e Afogados da Ingazeira, a terceira foi em Floresta na Campanha “Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico” e a quarta parada, aconteceu na última sexta-feira(9), em Serra Talhada. Rivaneide Almeida faz parte da equipe técnica do Centro Sabiá e estava presente na caravana.
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Nesse momento, reuniu-se um grupo bem expressivo, com representantes dos poderes públicos de municípios do Pajeú e estadual, sociedade civil e coletivos de usuários das águas, que visitaram duas barragens e um emissário de lançamento de esgoto direto no Rio. À luz dessas visitas foram dialogadas as ameaças para a saúde do Rio e da população que depende de suas águas, seja para consumo ou produção, se destacando aí a poluição por cianotoxina, substância que pode ser letal para o ser humano. Os resultados desse debate farão parte de um documento a ser apresentado numa Audiência Popular prevista para acontecer no mês de julho, onde se realizará a culminância desse circuito da Caravana do Rio Pajeú.
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