Juventudes presentes no encontro territorial de agroecologia do Sertão do Pajeú

Daniela Brás | Integrante da Comissão de Jovens multiplicadores da Agroecologia
Colaboração de Janaína Ferraz | Assessora às juventudes do Centro Sabiá

Darliton Silva/Acervo Centro Sabiá

No dia 09 de fevereiro de 2023, aconteceu o Encontro Territorial de Agroecologia do Sertão, contando com a participação de 47 pessoas, entre agricultoras/es, jovens da Comissão de Jovens multiplicadores da Agroecologia(CJMA) e Fórum das Juventudes de Pernambuco(FOJUPE), lideranças de mais de 40 organizações da sociedade civil, professoras da Universidade Federal Rural de Pernambuco / Unidade Acadêmica de Serra Talhada UFRPE/UAST. E, ainda, com a presença de um grupo de angolanos, que estava visitando o Território do Pajeú e foram conhecer a experiência de organização da Rede Pajeú de Agroecologia.

Darliton Silva/Acervo Centro Sabiá

Este foi o primeiro de três encontros que acontecerão ao longo deste ano. O mesmo teve como objetivo, o debate acerca de questões que possam compor uma política de agroecologia para o território do Pajeú, além de simbolizar esse novo recomeço pós pandemia que vivemos.
Este encontro foi regado de esperança e alegria, de força, garra e vontade de viver agroecologia. Todos os participantes trouxeram seus pontos de vista, suas ideias e assim foi se formando uma ciranda de saberes e experiências inigualáveis, pois a agroecologia é de fato, a evolução e revolução que precisamos para melhor viver.

Pudemos escutar histórias trazidas num processo de resgate das lutas (conquistas e desafios) do território no período de 2000 a 2022. E dentre tantas coisas potentes apresentadas, foi destaque a Lei Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica de Afogados da Ingazeira 015/2022 – que nos foi apresentada por Apolônia Gomes (Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú). Também, foram apresentados dados do IBGE acerca de informações importantes para agricultura familiar e agroecologia do território. Neste momento, Orlando (Centro Sabiá) elencou algumas questões que ele acredita serem importantes. Destacando como o Centro Sabiá sempre trabalhou na perspectiva da construção coletiva, todas as organizações que estão aqui têm um papel fundamental, isso traz a importância de cada organização dentro desse processo, esse é o momento da gente se situar, refletir sobre o que vamos construir.

Ainda teremos mais dois eventos como esse e a proposta é que quando a gente chegar no último encontro, a gente possa ter um plano contendo elementos necessários, que possam contribuir com o fortalecimento da Agroecologia no Pajeú. Na parte da tarde, voltamos com o verso do poeta Orlando, que disse:

Quando a luta se junta à esperança
A vontade de vencer é renovada
Somos muitos e únicos na jornada
Que quem buscar com fé também alcança
Somos mãos que constrói essa mudança
De um território de paz e igualdade
Nós queremos é comida de verdade
E um território em paz com a natureza
Que a fartura esteja sempre em nossa mesa
Que o Pajeú seja só prosperidade.


E fomos para um trabalho em grupos com o objetivo principal de olhar para as fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças do nosso território. Na sequência, os grupos apresentaram suas discussões e finalizamos com uma roda pela cintura reafirmando a importância de estarmos juntes nesta construção.

Darliton Silva/Acervo Centro Sabiá

Por isso, nada melhor que a participação das juventudes nesses momentos, com mentes abertas e tecnologia na mão. As juventudes se bem capacitadas, são um verdadeiro trunfo nessa batalha, pois “sem juventude, não há agroecologia”, tendo em vista que somos os sucessores dos nossos pais no campo.

Que bom ter você por aqui…

Nós, do Centro Sabiá, desde 1993 promovemos a agricultura familiar nos princípios da agroecologia. Nossa missão é "plantar mais vida para um mundo melhor, desenvolvendo a agricultura familiar agroecológica e a cidadania". Seu apoio através de uma doação permite a continuidade do programa Comida de Verdade Transforma e outras ações solidárias e inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *