Seminário sobre comercialização agroecológica reune representantes de associações e organizações

Ontem(17), aconteceu o Seminário sobre Sistema Participativo de Garantia – SPG: desafios para a comercialização agroecológica, realizado pelo Centro Sabiá e a Rede Espaço Agroecológico.

Maria Menezes,
Estagiária de Comunicação do Centro Sabiá

O estado de Pernambuco tem hoje um dos maiores mercados agroecológicos do país. Diante dessa potencialidade, o objetivo do seminário foi reunir representações das Associações que participam das Feiras Agroecológicas do Recife para aprofundar as estratégias de Garantias às Conformidades da Produção Orgânica por parte das Organizações de Controle Social-OCS, bem como na comercialização indireta via Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade – OPAC.

O encontro reuniu cerca de 30 pessoas, entre agricultores/as, representantes de organizações e associações. Estavam presentes representantes do Instituto Agronômico de Pernambuco -IPA; Associação dos Produtores Agroecológicos e Moradores das Comunidades do Imbé, Marreco e Sítios Vizinhos-ASSIM; Associação dos Agricultores Agroecológicos de Bom Jardim – Agroflor, Associação Terra e Vida, e coordenadores das feiras agroecológicas que integram a Rede.

O deputado federal Carlos Veras, e o deputado estadual, Doriel Barros, também participaram da reunião para discutir o cenário político em relação à agricultura familiar e à agroecologia no Brasil, e em Pernambuco. 

Felipe Petroni, do Sítio Sete Estrelas, em Igarassu, que faz parte da Rede Espaço Agroecológico e da Associação Terra e Vida, fez uma apresentação sobre a diferença entre produtos Agroecológicos e Orgânicos.O agricultor trouxe ainda uma reflexão sobre a visão estigmatizada do agricultor familiar, que muitas vezes tem a qualidade de seus produtos questionados, o que destaca a importância de uma organização de mercado/garantia e certificação dos produtos, além de se manter as parcerias entre as feiras e os agricultores. 

Jurandir Barbosa, representante da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) também participou da ocasião, e reafirmou a colaboração da agência junto aos espaços agroecológicos para além da fiscalização, no sentido de instrução para as famílias agricultoras. 

Cristina Petroni, agricultora familiar do Sítio Sete Estrelas, avalia o momento de forma positiva. “Nós enquanto agricultores que fazemos parte da Rede Espaço Agroecológico, sempre vivemos uma situação de fazer esse trabalho sério com a alimentação, mas de ser limitado na área da comercialização. A criação da OPAC vai nos ajudar a ter uma maior distribuição dos nossos produtos, inclusive, para públicos diferentes”, realata. Durante o seminário, foram avaliados os desafios e definido o plano de ação para 2023, visando a expansão do mercado agroecológico no estado.